Honda HR-V, o SUV familiar renovado
Grande conforto e facilidade de condução. Estes eram atributos do Honda HR-V e que continua a merecê-los na edição mais atualizada. O preço de entrada de 37.500 euros continua a ser uma surpresa, embora um pouco mais caro do que a versão anterior, mas com muito mais equipamento de série. O modelo experimentado é um híbrido, alimentado por um motor a gasolina i-MMD, com 1,5 litros de capacidade e que tem uma potência de 131 cv. Dos 0 aos 100 km/h necessita de 10,6 segundos e a velocidade máxima é de 170 km/h, de acordo com informação oficial, pois não estivemos em pista para fazer esse tipo de teste. Um dos pontos fortes nesta motorização é o consumo, com uma média de 5,5 l/100 km. No entanto, notámos em subidas a necessidade de mais potência, enquanto a caixa de velocidades de variação contínua (CVT) obriga a alguma habituação para evitar irritabilidades. De qualquer forma, notámos que nesta versão nova a caixa está mais reativa e não é tão nítido o esforço do motor quando se pretende entrar em ultrapassagens rápidas.
Apresentado com três níveis de equipamento, o Elegance, o Advance e o Lifestyle, todos têm de série alguns equipamentos como os bancos da frente aquecidos, a câmara traseira de estacionamento, que tem boa nitidez, ou o volante forrado a pele. E por falar em acabamentos, comecemos pelo interior e pelos bancos traseiros, que no modelo que experimentámos, estava forrado a pele e revelou-se muito confortável, boa envolvente do corpo e excelente reclinação. O espaço para as pernas na zona traseira é próprio de um SUV e o espaço para arrumação interior, nomeadamente por baixo dos bancos traseiros é de assinalar. Na frente o realce vai para o ecrã de 9 polegadas e ainda para o painel de instrumentos de 7 polegadas, totalmente digital e que é intuitivo. O desconforto vai para os sinais sonoros, que são acionados perante algum erro do condutor e são insistentes. Não conseguimos desligá-los.
Registe-se a boa posição do volante e da caixa de velocidades, enquanto alguns botões físicos ainda acompanham funcionalidade como a música e o ar condicionado e que os clientes habituais agradecem. Ainda de registar o bom funcionamento de dispositivos como a movimentação controlada em declives, que funciona muito bem. Repetimos que gostámos menos de algum ruído do esforço do motor em situações que exigiram maior potência. No exterior o realce vai para a nova grade frontal e a iluminação Led na frente e traseira.
Globalmente a apreciação é boa, tem espaço, tem corpo, funciona bem a tração híbrida, mas é preciso que nos habituemos a este tipo de caixa de velocidades.
Por: Vítor Norinha
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