Fazer a N2 não é uma novidade para muitos aventureiros que já a percorreram e desfrutaram das vistas, da comida e das pessoas que encontraram pelo caminho, mas fazê-la numa moto elétrica tem outra energia. Acompanhe-nos nesta terceira e última parte.
Montemor-o-Novo e o Paco
A etapa estava a acabar, com o sol a espreguiçar-se no horizonte, com a decisão de pernoita a recar sobre Montemor-o-Novo. E a rotina de fim de dia manteve-se: carregar a Experia (e reabastecer a Burgman) que havia feito 173 quilómetros com uma perna às costas e num ritmo bem vivo. Tempo para jantar no Leilão, onde comemos umas migas e uma carne de fazer chorar por mais. Mas o dia não acabou ao reservar-nos uma surpresa.
O local escolhido obrigava a retroceder cinco quilómetros para norte de Montemor, ainda na N2, para ir dormir ao Monte do Paco. Lá chegado, sem ver vivalma, um senhor acenava ao longo e gritou:
– Já foram atendidos? – apontámos as motos na sua direção e aquela cara não me era estranha. Paco?
– É quem eu estou a pensar que é? – perguntei.
– Sim! – ripostou com um sorriso. Não estávamos perto de Elvas, mas deu para reconhecer Paco Bandeira, que aproveitou os alojamentos dos antigos estúdios da RTP Internacional e, assim, dar ‘abrigo’ a muitos dos que descem, ou sobem, a N2. Estavam lá algumas motos de gente que pernoitou por ali, com a particularidade de até se ter direito a um autocolante com a quilometragem do sítio onde fica o Monte do Paco.
Leia aqui na íntegra a reportagem da descida da N2 numa moto elétrica que publicamos na ANECRA Revista Web de Março.