Não se podia pedir muito mais a Hugo Lopes e Magda Oliveira nesta que foi a sua segunda jornada em conjunto no cockpit de um 208 Rally4. Na dupla competição da PEUGEOT para que este Rali Terras d’Aboboreira – Amarante, Baião, Marco de Canaveses pontuou, eles foram os “Leões” mais rápidos no Qualifying de sexta-feira de manhã, na sua categoria, e alcançaram o melhor tempo em cinco dos sete troços do rali, corridos entre ontem e hoje.
Com isso, não só garantiram a vitória na segunda prova da PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL 2024 e outra na primeira prova da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2024, somando as respetivas pontuações. O piloto conquistou, ainda, o troféu Júnior de ambos os troféus.
Complementarmente, também é deles o cetro da categoria de 2 Rodas Motrizes desta terceira prova do Campeonato de Portugal de Ralis, corrido sob a égide da FPAK, e ainda as taças FIA European Rally Trophy (ERT) e FIA Junior ERT, referentes à categoria RC4, em que se integra o seu 208 Rally4.
Foram, por essa razão, múltiplos os festejos no pódio de consagração, montado no centro de Amarante, com todos os elementos da equipa CRN Competition em festa com a dupla do momento, Hugo Lopes e Magda Oliveira, navegadora que, recorde-se, substituiu no início da presente época e à última hora, Tiago Neves, o habitual copiloto da equipa, ausente dos ralis devido a lesão.
“Estou muito feliz com este início de época, com as vitórias neste Rali Terras d’Aboboreira e no Algarve”, referiu Hugo Lopes no final da prova. “Este foi um rali que até correu muito bem apesar das condições climatéricas muito difíceis, com chuva, nevoeiro e lama, mais as decorrentes do estado dos troços, nomeadamente nas segundas passagens. Um exemplo foi a Power Stage, em que ou atacávamos e arriscávamos um potencial problema, ou então geríamos o andamento. Foi o que acabámos por fazer e, mesmo assim, fomos os segundos mais rápidos, vindo a terminar o rali na frente dos dois troféus PEUGEOT e do CPR/2RM. Tivemos, por isso, um rali quase perfeito, onde a nossa equipa esteve incrível, na preparação e afinação do carro ao nosso gosto, um grupo de pessoas que se mostra sempre incansável. Gostaria de lhes agradecer, bem como à Magda pelo fantástico trabalho, aos meus patrocinadores e à minha família. Uma palavra também para a FPAK, para a Peugeot e para a Sports & You, pois, afinal, estou a conseguir fazer o troféu ibérico deste ano com os prémios que conquistei no ano passado.”
Acrescente-se que este foi um rali com uma particularidade muito especial pois, pela primeira vez desde há muito tempo, um troféu de uma marca levou a que se juntasse um conjunto de 26 PEUGEOT 208 Rally4, integrando todas as equipas inscritas na PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL e na PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA.
Reforço na liderança da Peugeot Rally Cup Portugal
Na sequência da pontuação máxima somada com a vitória e melhor tempo na Power Stage no pretérito Rallye Casinos do Algarve e a quase repetição do feito no Rali Terras da Aboboreira deste fim de semana – só não o foi porque foram apenas os segundos mais rápidos na Power Stage – Hugo Lopes passa da fase de terra da PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL para a fase de asfalto, com três ralis, com uma considerável vantagem pontual no ranking de Pilotos, algo que também é válido para Magda Oliveira, na respetiva tabela de Navegadores.
Exercendo um domínio (quase) absoluto, Lopes, que conseguiu passar incólume às inclemências meteorológicas que se abateram sobre os troços, também beneficiou de azares de muitos dos que, à partida desta segunda jornada do ano, seriam os seus mais diretos adversários: João Andrade (2º no Algarve) e Daniel Nunes (4º) desistiram, enquanto Ricardo Sousa, que fora 3º a sul do país, acabou este rali a norte apenas no 6º posto, um à frente de Pedro Pereira, que fora 5º na prova algarvia.
Os maiores adversários do grande dominador da prova acabaram, assim, por ser os visitantes, em especial Iago Gabeiras, espanhol que mais próximo rodou na primeira metade do rali. Só que também ele ficaria pelo caminho, no penúltimo troço, ficando a tentativa de perseguição a cargo de Álex Español e de Miguel Gutierrez, os que acompanhariam Lopes no pódio final, após luta titânica que se prolongaria até aos derradeiros quilómetros.
Entre subidas e descidas ao longo desta segunda prova do ano da PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL destaquem-se os 4º e 5ºs lugares finais obtidos pelos portugueses Sérgio Dias e Emanuel Figueiredo, eles que, na parte final do rali, chegaram a estar numa luta a quatro pela 4ª posição, batalha que também integrou o jovem turco Cam Alakoç e Ricardo Sousa.
… E primeiro líder da Peugeot Rally Cup Ibérica
O facto de se ter inscrito em ambos os troféus permite que Hugo Lopes também saia do Rali Terras d’Aboboreira com uma pontuação de 27 pontos que poderia conquistar na PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA, somando os 25 da vitória aos 2 pontinhos extra do segundo melhor tempo na Power Stage.
Numa jornada ibérica que contava com 18 equipas – do total de 26 que se inscreveram no troféu português – também aqui as conclusões viriam a ser semelhantes às nacionais em termos de pódio final: Lopes no degrau mais alto, Álex Español (o mais rápido na Power Stage) no intermédio e Miguel Gutierrez no mais baixo. Isto depois das infrutíferas tentativas de João Andrade e de Iago Gabeiras em aproximarem-se do lugar da frente, até terminarem fora do rali, o primeiro logo de manhã, o segundo à tarde, no antepenúltimo troço.
Destaquem-se duas surpresas – ou confirmações, conforme o prisma em que se observem. Por um lado, o jovem turco Can Alakoç, piloto de apenas 16 anos e que, na sua curta carreira, corre nos troços gelados do Campeonato da Letónia, e que fez a sua estreia absoluta em terras lusas, batendo pilotos bem mais experientes. Prevendo terminar esta primeira prova do troféu ibérico num excelente 4º posto, viu os seus esforços caírem por terra no último troço, relegado para o 7º posto.
Por outro, Unai de la Dehesa, espanhol recém-laureado com uma vitória no Rallye Sierra Morena, primeira prova do DESAFÍO PEUGEOT, troféu da marca francesa em Espanha. Visando uma vitória, entrava com o pé esquerdo, com um furo no primeiro troço, cabendo-lhe o 18º e último tempo entre os concorrentes do troféu ibérico. A partir daí foi sempre a subir, recuperando onze posições antes de abandonar, quando estava a um passo de entrar no top-5.
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