As vendas de ligeiros de passageiros em Portugal recuaram 31,5% no primeiro trimestre, mas os híbridos plug-in mais do que duplicaram as vendas e já representam 11% do mercado nacional.
O primeiro trimestre deste ano registou uma quebra de 31,5% nas vendas de ligeiros de passageiros em Portugal, para 31.039 unidades, menos 14.243 veículos do que um ano antes.
No entanto, o segmento dos híbridos plug-in mais do que duplicou a quota de mercado com as vendas a acelerarem mais de 60% em termos homólogos.
Nos primeiros três meses de 2020 os 2.101 automóveis com esta tecnologia representavam 4,6% das vendas de ligeiros de passageiros. Já no primeiro trimestre deste ano as vendas cresceram 62,1% para 3.405 unidades.
Assim, os híbridos plug-in representaram cerca de um em cada nove (11%) automóveis vendidos no país.
Elétricos puros atrasam-se
Após sucessivos anos de crescimento robusto, o segmento dos automóveis totalmente elétricos registam uma forte quebra nas vendas no primeiro trimestre.
Até final de março foram vendidos 1.579 carros 100% elétricos, menos 41%, ou 1.097, do que nos primeiros três meses do ano passado.
Assim, a quota de mercado dos elétricos baixou de 5,9% no primeiro trimestre de 2020 para 5,1%.
Carros eletrificados já representam quase 30% das vendas
Somando aos híbridos plug-in e elétricos puros os híbridos convencionais verifica-se que os automóveis eletrificados já representam 29,4% das vendas de ligeiros de passageiros. Um ano antes a quota de mercado destes automóveis era de 16,8%.
Nos híbridos convencionais os primeiros três meses do ano foram bastante positivos. As 4.126 viaturas vendidas correspondem a uma subida homóloga de 45,7%, ou 1.295 unidades a mais.
A quota de mercado dos híbridos convencionais passou de 6,3% para 13,3%.
Aliás, os carros eletrificados já pesam mais no mercado nacional do que os automóveis a gasóleo. Nos primeiros três meses deste ano foram vendidos 8.156 carros a diesel, o que representa 26,3% dos ligeiros de passageiros. Face ao primeiro trimestre de 2020 foram vendidos menos 7.497 unidades, o que se traduz numa quebra de 47,9%.
Também nos automóveis a gasolina foi observada uma descida acentuada nas vendas: menos 8.579 veículos, ou uma queda de 39,1%. A quota de mercado dos carros a gasolina recuou de 48,4% para 43%.