A partir de 2023, todos os novos modelos da VW serão produzidos apenas com dois pedais e caixa automática. Da Europa aos EUA, passando pela China, acabam as caixas manuais, a opção mais barata.
Depois de ter anunciado que a última plataforma da marca capaz de suportar motores de combustão, sejam eles electrificados ou não, iria ser introduzida no mercado em 2026 e que, a partir de 2030, todos os veículos comercializados na Europa serão 100% eléctricos, não foi com espanto que se acolheu a notícia de que as caixas de velocidade manuais vão ser a próxima baixa no aparelho produtivo da Volkswagen. Com os veículos eléctricos a não recorrerem sequer a caixa de velocidades, os modelos com três pedais (um para a embraiagem) e caixa manual estão condenados a ser coisa do passado, ainda antes do desaparecimento das unidades motrizes a combustão.
Segundo a imprensa alemã, o primeiro modelo da Volkswagen a ser lançado com apenas dois pedais e caixa automática será o SUV Tiguan, agendado para 2023. Por muito que esta notícia faça surgir uma lágrima ao canto do olho dos mais saudosistas, a realidade é que apesar de as transmissões automáticas serem mais dispendiosas e obrigarem tradicionalmente a consumos mais elevados – hoje apenas ligeiramente –, há cada vez menos clientes com vontade de manusear a alavanca da caixa e o pedal da embraiagem.
A Jato, especialista em estudos de mercado e análise de vendas, confirma que dos 5838 modelos à venda na Alemanha (o maior mercado europeu), com emblemas de todas as marcas, apenas 32% oferecem caixa manual, o que equivale a 1870 modelos. E entre estes, 1652 propõem caixas com 6 relações, contra 218 com apenas 5 mudanças.
Na Volkswagen a percentagem é ligeiramente superior: em 353 modelos à venda, 39% disponibilizam caixa manual (139). E esta percentagem baixa ainda mais se considerarmos os veículos mais dispendiosos, como o Tiguan, Passat ou Allspace.
A VW alinha assim pelo mesmo diapasão da Mercedes, que também já tinha anunciado o fim dos três pedais, pois os clientes da marca da estrela prateada são ainda menos fãs das caixas manuais. É mais uma consequência (ainda que indirecta) da electrificação, que será igualmente evidente noutras marcas do conglomerado alemão, sobretudo as mais sofisticadas.
Fonte: Observador
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